(continuação)
Soveral ouvia o jovem entre o intrigado e o fascinado. Era muito raro encontrar-se um jovem com ideias tão claras e homogéneas, independentemente de serem verdadeiras ou falsas. Teve a percepção de que o regime instalado em Lisboa estaria perdido se a preversão da juventude já tivesse chegado àquele ponto. A Pátria não era só aquilo em que ele falava. Era um conjunto de valores trazidos de longe por gerações sucessivas. O respeito pelas gerações antecedentes, o dever de usar a força para defender os fracos, morrer, se necessário fosse, para preservar a integridade do território legado pelos antepassados. A Pátria estava desenhada em cada página de “Os Lusíadas”. Não podíamos sentir vergonha do que os nossos avós tinham feito.
(continua)
Magalhães Pinto
1 comentário:
Damu pa kmu to?.. Nano ni klase blog man?
Enviar um comentário