(continuação)
XXXIV
Mamadú não perdia nenhuma oportunidade para manifestar a sua gratidão a Mário. Chegara mesmo a desencantar um leitão para ele, “sem cobrar patacão” como ele mesmo dissera, e que o cabo Ramos, do rancho, assara a preceito para deliciar Mário e mais meia dúzia de amigos. E já se oferecera, por diversas vezes, como voluntário para operações nas quais Mário participava. Tornando-se a sua sombra. Murmurando conselhos e ensinando o metropolitano a conhecer os segredos do mato e os sinais de presença humana recente. Foi numa dessas operações que Mário ficou a conhecer o esquisito modo como os indígenas celebravam a morte. Numa tabanca a Noroeste de Mansoa, tinha morrido um tal Atcholo Sacó. De velhice, presume-se. Um caso raro naquele mundo em guerra.
(continua)
Magalhães Pinto
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