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26.5.08

OS HERÓIS E O MEDO - 274º. fascículo

(continuação)

O silêncio caiu na sala. António Soveral levantou-se e aproximou-se da janela, observando o movimento na parada do aquartelamento. Soldados iam e vinham. Confiantes. Confiados em que a máquina funcionaria. E, por isso, sem temor. Estavam todos envolvidos naquilo. A paragem de uma peça da máquina poderia significar a destruição de todas as outras peças. Voltou-se lentamente. Olhou José António durante alguns momentos. Cofiou o lábio superior, onde tinham aparecido algumas gotas de suor. E mandou-o retirar-se. Chamou o oficial de operações e disse-lhe que podia mandar regressar a delegação de Mansabá na próxima coluna. As punições do acontecido na véspera só sairiam depois de eles terem regressado a Mansabá.

Três dias depois, saía na ordem de serviço do batalhão a transferência de José António para Bissorã. Encerrando o incidente. Bissorã tinha fama de ser mais perigosa do que Mansabá. Por aí se ficava o castigo.

(continua)
Magalhães Pinto

1 comentário:

Anónimo disse...

I agree with you about these. Well someday Ill create a blog to compete you! lolz.