. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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30.1.08
29.1.08
AVISO
FRASE DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
CRÓNICA DA SEMANA (II)
***
Mas acontece mais. É que o Bastonário, embora não citando nomes, se referiu a casos que todos nós conhecemos. Pelo menos alguns. Sabemos quem são os nomes presumidamente envolvidos. Para mim, só foi novidade o caso da venda do edifício dos CTT em Coimbra. E, se buscarmos bem, talvez encontremos mais alguns casos que deixam que pensar. Por isso, constitui redonda hipocrisia o grito político de “venham nomes, venham nomes!”. Todos sabemos que os visados ou outros sempre fizeram tudo dentro da maior legalidade formal. Eles até podem ter sido interesseiros, mas não são tolos. Todavia, se a legalidade permite gestos que deixam em toda a gente o espectro da suspeição, então a legalidade está mal. E, antes de mais nada, o que é de censurar na classe política é a sua inacção contra uma legalidade que permite actos suspeitos da sua própria classe. Não é difícil ler, nas denúncias do Bastonário, que é essa a sua primeira e primordial intenção. Prevenir casos futuros. Não é tanto remexer no passado, a não ser na medida em que o passado dá a conhecer os riscos futuros. E por essa denúncia, o Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados é, pelo menos e para já, merecedor do agradecimento do povo anónimo do meu país, esmagadoramente são e incorrupto. E deve ser também merecedor dos agradecimentos da classe política, ela também, na sua esmagadora parte, séria e incorruptível.
***
Excerto da crónica CORRUPÇÃO - Magalhães Pinto - "VIDA ECONÓMICA" - 29/1/2008
Mas acontece mais. É que o Bastonário, embora não citando nomes, se referiu a casos que todos nós conhecemos. Pelo menos alguns. Sabemos quem são os nomes presumidamente envolvidos. Para mim, só foi novidade o caso da venda do edifício dos CTT em Coimbra. E, se buscarmos bem, talvez encontremos mais alguns casos que deixam que pensar. Por isso, constitui redonda hipocrisia o grito político de “venham nomes, venham nomes!”. Todos sabemos que os visados ou outros sempre fizeram tudo dentro da maior legalidade formal. Eles até podem ter sido interesseiros, mas não são tolos. Todavia, se a legalidade permite gestos que deixam em toda a gente o espectro da suspeição, então a legalidade está mal. E, antes de mais nada, o que é de censurar na classe política é a sua inacção contra uma legalidade que permite actos suspeitos da sua própria classe. Não é difícil ler, nas denúncias do Bastonário, que é essa a sua primeira e primordial intenção. Prevenir casos futuros. Não é tanto remexer no passado, a não ser na medida em que o passado dá a conhecer os riscos futuros. E por essa denúncia, o Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados é, pelo menos e para já, merecedor do agradecimento do povo anónimo do meu país, esmagadoramente são e incorrupto. E deve ser também merecedor dos agradecimentos da classe política, ela também, na sua esmagadora parte, séria e incorruptível.
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Excerto da crónica CORRUPÇÃO - Magalhães Pinto - "VIDA ECONÓMICA" - 29/1/2008
FIGURA DO DIA
PERGUNTAS SEM RESPOSTA
OS HERÓIS E O MEDO - 161º. fascículo
(continuação)
Uma eternidade de vinte minutos. O fogo inimigo calara-se tão subitamente como havia começado. Aos poucos, ainda abalados pelo baptismo de fogo real a que haviam sido submetidos, os homens levantavam a cabeça, prudentemente, olhando em redor. Apenas um silêncio vinha da mata. Nem um só guincho estridente de macaco. Nem o piar rouco duma ave qualquer. Silêncio. Levantou-se um. Depois outro. E outro. Armas aperradas voltadas para o mato, prontas a vomitar fogo. Mas tudo era silêncio, agora. Um silêncio de fazer doer os tímpanos. Olhavam uns para os outros, com o incrédulo ar de quem julga ter nascido aos vinte anos. Sem êxito, tentavam sacudir o pó e a lama agarrada aos fatos camuflados. As viaturas apresentavam inúmeras marcas da flagelação na chapa e nos vidros. O furriel Carapinha mostrava, incrédulo, uma das cartucheiras, na qual se detivera um dos projécteis inimigos. Um escudo protector podia ter não mais de um palmo de comprimento.
(continua)
Magalhães Pinto
SORRISO DO DIA
28.1.08
CRÓNICA DA SEMANA (I)
***
Subitamente, verificamos um retrocesso de muitos anos naquilo a que estávamos habituados. O encerramento de serviços de assistência médica tem sido em catadupa e as anunciadas aberturas de substituição não têm merecido igual cuidado. Muitas pessoas viram-se privadas da sensação de segurança que tinham só por saberem que havia médico por perto. Podia ser uma falsa sensação de segurança. Mas nós sabemos que, nisto de segurança, mais importante do que a ter realmente, é pensar-se que se tem segurança. E foi isso que roubaram ao Povo. O que mais dói, presentemente, é ouvirmos os nossos concidadãos da província, cuja assistência se encontra a dezenas de quilómetros, por vezes a horas de caminho, sentirem-se não protegidos e inseguros. Vale a pena recordar que uma das frases chave do Ministro da Saúde, no início de todo este processo, era a de que ninguém ficaria a mais de meia hora de distância do socorro. Os factos estão a encarregar-se de desmentir claramente essas expectativas ministeriais. Mais do que isso é necessário, por vezes e como se tem visto, só para colocar as ambulâncias em movimento.
***
Excerto da crónica TERRA QUEIMADA - Magalhães Pinto - "MATOSINHOS HOJE" - 28/1/2008
Subitamente, verificamos um retrocesso de muitos anos naquilo a que estávamos habituados. O encerramento de serviços de assistência médica tem sido em catadupa e as anunciadas aberturas de substituição não têm merecido igual cuidado. Muitas pessoas viram-se privadas da sensação de segurança que tinham só por saberem que havia médico por perto. Podia ser uma falsa sensação de segurança. Mas nós sabemos que, nisto de segurança, mais importante do que a ter realmente, é pensar-se que se tem segurança. E foi isso que roubaram ao Povo. O que mais dói, presentemente, é ouvirmos os nossos concidadãos da província, cuja assistência se encontra a dezenas de quilómetros, por vezes a horas de caminho, sentirem-se não protegidos e inseguros. Vale a pena recordar que uma das frases chave do Ministro da Saúde, no início de todo este processo, era a de que ninguém ficaria a mais de meia hora de distância do socorro. Os factos estão a encarregar-se de desmentir claramente essas expectativas ministeriais. Mais do que isso é necessário, por vezes e como se tem visto, só para colocar as ambulâncias em movimento.
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Excerto da crónica TERRA QUEIMADA - Magalhães Pinto - "MATOSINHOS HOJE" - 28/1/2008
FRASE DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
FIGURA DO DIA
OS HERÓIS E O MEDO - 160º. fascículo
(continuação)
Tudo o mais pareceu deixar de existir. Aperceberam-se que um dos Unimogs se imobilizara, na picada que atravessava a bolanha. Sabem o que fazem, aqueles filhos da mãe!... Tinham concentrado o fogo numa das viaturas do meio, a fim de a imobilizarem e, assim, partirem em duas a ordenada coluna. Percebendo as dificuldades, os atacantes redobraram a intensidade do fogo. Meia coluna estava entalada entre o fogo inimigo e a viatura imobilizada. Desafiando as balas, alguns homens abandonavam as viaturas paradas e corriam para a margem da bolanha, atascando-se no lodo e buscando abrigo atrás de cada grão de terra, de cada ruga da margem. O escoamento fora interrompido. A viatura imobilizada tinha os quatro pneus rebentados. Rodando nas jantes, o condutor fazia esforços inauditos para a fazer mover sem resvalar para o lodo do arrozal. As primeiras viaturas, em marcha atrás, procuravam também sair do campo de tiro tanto quanto a marcha lenta da viatura duramente atingida o permitia. Aos baldões, tropeça aqui, cai acolá, o maluco do Hipólito gesticulava instruções a que ninguém atendia, na ânsia de se safar da barafunda gerada. Deve estar com os copos, o gajo, para se expor assim!
(continua)
Magalhães Pinto
27.1.08
MOMENTO DE BELEZA
A beleza infinitamaente variável das flores ilustra a inesquecível música de BEETHOVEN - Moonlight fur Elise (aconslhável deixar carregar primeiro todo o video antes de apreciar)
INTERLÚDIO
Hilariante momento musical, interpretado por um actor humorista - DUDLEY MOORE - cujos dotes de pianista descobrimos. Naquilo que parece ser uma sonata de BEETHOVEN, reconhecemos a estrutura da canção tema do filme A PONTE DO RIO KWAY.
PENSAMENTO DO DIA
Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Tavira e conhecido anti-tabagista, autor da célebre frase "beijar uma fumadora é como lamber o cinzeiro", é arguido judicial por alegado assédio sexual a uma jurista da Câmara. A qual, obviamente, não deve ser fumadora. Porque, se for, teremos de concluir que ele queria mesmo lamber o cinzeiro.
FRASE DO DIA
PERGUNTAS SEM RESPOSTA
FIGURA DO DIA
OS HERÓIS E O MEDO - 159º. fascículo
(continuação)
Uma a uma, atarantadas lesmas sem eira nem beira, as viaturas de trás foram logrando escapulir-se da armadilha. Logo os ocupantes de cada uma saltavam para o chão, procurando abrigo no abraço amigo da terra, prescrutando o mato com o intuito de descobrir o inimigo. Mário foi um dos primeiros. Ia numa das últimas viaturas. Agachou-se atrás de um ninho de baga-baga, já meio destruído.
Olha para eles. Já não são gente. São apenas o prolongamento duma máquina de matar. O instinto de sobrevivência está mais vivo do que nunca. Maldito ra-ta-ta, que nunca mais acaba. Mata, irmão. Mata tudo o que vires mexer. Põe fim a este maldito ra-ta-ta. Parece um exército de máquinas de costura. Ra-ta-ta.. .Ra-ta-ta... Só é trágico se um dos pontos da máquina te cose a ti. Ra-ta-ta... Ra-ta-ta... Calem-se! Ainda se vai magoar alguém. Até parece que estou na carreira de tiro. Isto também é uma carreira de tiro. Mas não vejo o alvo. Se o vir atiro. Calem-se, por amor de Deus. Deus não ouve nada, com este barulho todo. Ra-ta-ta... Ra-ta-ta... Sou maluco. A falar em amor no meio deste ódio que só se desvanece com a aniquilação. Ra-ta-ta... Ra-ta-ta… E aqueles lá em baixo. Saiam daí, seus parvos. É preciso ser muito parvo para ficar aí. Daqui a nada, fazem-vos coadores... Ra-ta-ta... Ra-ta-ta...
(continua)
Magalhães Pinto
Uma a uma, atarantadas lesmas sem eira nem beira, as viaturas de trás foram logrando escapulir-se da armadilha. Logo os ocupantes de cada uma saltavam para o chão, procurando abrigo no abraço amigo da terra, prescrutando o mato com o intuito de descobrir o inimigo. Mário foi um dos primeiros. Ia numa das últimas viaturas. Agachou-se atrás de um ninho de baga-baga, já meio destruído.
Olha para eles. Já não são gente. São apenas o prolongamento duma máquina de matar. O instinto de sobrevivência está mais vivo do que nunca. Maldito ra-ta-ta, que nunca mais acaba. Mata, irmão. Mata tudo o que vires mexer. Põe fim a este maldito ra-ta-ta. Parece um exército de máquinas de costura. Ra-ta-ta.. .Ra-ta-ta... Só é trágico se um dos pontos da máquina te cose a ti. Ra-ta-ta... Ra-ta-ta... Calem-se! Ainda se vai magoar alguém. Até parece que estou na carreira de tiro. Isto também é uma carreira de tiro. Mas não vejo o alvo. Se o vir atiro. Calem-se, por amor de Deus. Deus não ouve nada, com este barulho todo. Ra-ta-ta... Ra-ta-ta... Sou maluco. A falar em amor no meio deste ódio que só se desvanece com a aniquilação. Ra-ta-ta... Ra-ta-ta… E aqueles lá em baixo. Saiam daí, seus parvos. É preciso ser muito parvo para ficar aí. Daqui a nada, fazem-vos coadores... Ra-ta-ta... Ra-ta-ta...
(continua)
Magalhães Pinto
26.1.08
INTERLÚDIO
Um regresso à bela música de MY FAIR LADY, pela voz de um excelente tenor - PLACIDO DOMINGO - e a romântica canção que alegra corações - ON THE STREET WHERE YOU LIVE.
PENSAMENTO DO DIA
FRASE DO DIA
PERGUNTAS SEM RESPOSTA
FIGURA DO DIA
FOTO DO DIA
OS HERÓIS E O MEDO - 158º. fascículo
(continuação)
Na guerra subversiva tudo é súbito, inesperado, excepto o medo e a fome. Um tiro, um só, espreguiçou-se na lonjura da bolanha, sem fraga que o tornasse. Foi um sinal. O cantar das costureiras e de, pelo menos, uma metralhadora pesada, vindo de um e outro lados daquela elevação lá à frente, envolveu a coluna. Apanhada a meio da estreita vereda, a última viatura acelerou em marcha atrás. As restantes tentaram segui-la, Não podiam ficar ali, a descoberto, à mercê do fogo inimigo escondido no arvoredo da pequena colina na frente deles. Os homens seriam pombos em carreira de tiro. O capitão, de vez em quando temerariamente de pé no jipe, fazia sinal para que recuassem depressa. Em campo descoberto, sem qualquer obstáculo de protecção, o único modo de escapar ao enxame de balas a procurar morder a carne macia de jovens, era correndo. Espalmados no chão das viaturas, buscando um impossível abrigo atrás da cabine, os homens contavam os segundos da eternidade existente entre o ponto onde estavam, quase no meio da picada, e o fim da bolanha, lá atrás, a parecer destino inatingível. Alguns não esperaram pela ordem de abrir fogo. Às cegas, descarregavam as armas na colina, único alvo visível, vegetação a tremer de fustigada. De vez em quando, a sibilina música de uma bala inimiga a resvalar no aço das viaturas fazia o medo assumir proporções gigantescas. Os homens sustinham a respiração, suspensos da expectativa de saber onde se deteria o projéctil. Impossível desejo. Os projécteis são mais rápidos do que um pensamento assustado. O fim da viagem de um projéctil ou era desconhecido ou sentia-se antes de se saber. Se é que se chegava a saber.
(continua)
Magalhães Pinto
Na guerra subversiva tudo é súbito, inesperado, excepto o medo e a fome. Um tiro, um só, espreguiçou-se na lonjura da bolanha, sem fraga que o tornasse. Foi um sinal. O cantar das costureiras e de, pelo menos, uma metralhadora pesada, vindo de um e outro lados daquela elevação lá à frente, envolveu a coluna. Apanhada a meio da estreita vereda, a última viatura acelerou em marcha atrás. As restantes tentaram segui-la, Não podiam ficar ali, a descoberto, à mercê do fogo inimigo escondido no arvoredo da pequena colina na frente deles. Os homens seriam pombos em carreira de tiro. O capitão, de vez em quando temerariamente de pé no jipe, fazia sinal para que recuassem depressa. Em campo descoberto, sem qualquer obstáculo de protecção, o único modo de escapar ao enxame de balas a procurar morder a carne macia de jovens, era correndo. Espalmados no chão das viaturas, buscando um impossível abrigo atrás da cabine, os homens contavam os segundos da eternidade existente entre o ponto onde estavam, quase no meio da picada, e o fim da bolanha, lá atrás, a parecer destino inatingível. Alguns não esperaram pela ordem de abrir fogo. Às cegas, descarregavam as armas na colina, único alvo visível, vegetação a tremer de fustigada. De vez em quando, a sibilina música de uma bala inimiga a resvalar no aço das viaturas fazia o medo assumir proporções gigantescas. Os homens sustinham a respiração, suspensos da expectativa de saber onde se deteria o projéctil. Impossível desejo. Os projécteis são mais rápidos do que um pensamento assustado. O fim da viagem de um projéctil ou era desconhecido ou sentia-se antes de se saber. Se é que se chegava a saber.
(continua)
Magalhães Pinto
25.1.08
PENSAMENTO DO DIA
FRASE DO DIA
"Detectamos indícios de irregularidades, fizemos a pergunta certa e verificamos que, na resposta, o BCP faltou à verdade."
Carlos Tavares. Presidente da CMVM, na Assembleia da República - "SIC" - 24/1/2008
***
Duas questões importantes:
- É o Banco - isto é, os accionistas - quem vai pagar as coimas respectivas?
- Está muita gente prejudicada - isto é, os pequenos accionistas, principalmente. Quem os vai indemnizar?
Carlos Tavares. Presidente da CMVM, na Assembleia da República - "SIC" - 24/1/2008
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Duas questões importantes:
- É o Banco - isto é, os accionistas - quem vai pagar as coimas respectivas?
- Está muita gente prejudicada - isto é, os pequenos accionistas, principalmente. Quem os vai indemnizar?
FIGURA DO DIA
OS HERÓIS E O MEDO - 157º. fascículo
(continuação)
Como... Como… Desgraçados da Ilha do Como! Quase dois meses a rações de combate. No primeiro dia, acha-se piada àquilo. Vitaminas cientificamente calculadas para aguentar a caminhada de vinte quilómetros. Ao segundo dia, já só se bebe o leite com chocolate e só se come o chouriço. O suficiente para enganar a fome. Ao terceiro dia, olha-se para elas com o estômago em revolta, a dizer não. Quantos estarão a comer rojões a esta hora, na Metrópole? Ou arroz de frango? E os de Paris, Londres, Argel, estarão eles a rações de combate, também? Farão eles alguma ideia do que passamos aqui? Saberão eles o que é estar cheio de fome e ter à frente uma refeição que revolta as entranhas? Pegar na faca de mato, espetá-la na lata de conservas e só ter vontade de atirar tudo, faca e lata, pelos ares, na esperança de que, no seu voo, ela se desfaça, numa explosão de azeite e atum a rebentar com aquilo tudo? Onde vi eu uma África cheia de gazelas, de javalis, de pacaças? No livro de geografia da quarta classe? Não me lembro. Mas devem ser espécies em extinção. Nem uma para amostra. Que bem saberia agora um bom bife de pacaça ou uma costeleta de javali.
(continua)
Magalhães Pinto
Como... Como… Desgraçados da Ilha do Como! Quase dois meses a rações de combate. No primeiro dia, acha-se piada àquilo. Vitaminas cientificamente calculadas para aguentar a caminhada de vinte quilómetros. Ao segundo dia, já só se bebe o leite com chocolate e só se come o chouriço. O suficiente para enganar a fome. Ao terceiro dia, olha-se para elas com o estômago em revolta, a dizer não. Quantos estarão a comer rojões a esta hora, na Metrópole? Ou arroz de frango? E os de Paris, Londres, Argel, estarão eles a rações de combate, também? Farão eles alguma ideia do que passamos aqui? Saberão eles o que é estar cheio de fome e ter à frente uma refeição que revolta as entranhas? Pegar na faca de mato, espetá-la na lata de conservas e só ter vontade de atirar tudo, faca e lata, pelos ares, na esperança de que, no seu voo, ela se desfaça, numa explosão de azeite e atum a rebentar com aquilo tudo? Onde vi eu uma África cheia de gazelas, de javalis, de pacaças? No livro de geografia da quarta classe? Não me lembro. Mas devem ser espécies em extinção. Nem uma para amostra. Que bem saberia agora um bom bife de pacaça ou uma costeleta de javali.
(continua)
Magalhães Pinto
SORRISO DO DIA
PRENDAS ORIGINAIS:
Num bar, três amigos comentavam as últimas prendas que tinham oferecido às respectivas mulheres …
O primeiro disse:
- Ofereci à minha mulher uma prenda que vai dos 0 a 100 em menos de 5 segundos...
Como os outros não adivinharam o que era ele mostrou-lhes a fotografia:
O segundo disse:
- Que coicidência! Eu ofereci à minha mulhar uma prenda que vai de 0 a 100 en 4 segundos...
Os outros amigos adivinharam logo, mesmo antes de ver a fotografia:
O terceiro, depois de uns minutos, disse:
- Pois eu ofereci à minha mulher algo que vai dos 0 aos 100 em menos de 2 segundos...
Os outros amigos disseram:
- Isso é impossível, não há nada à venda que possa passar de 0 a 100 em tão pouco tempo...
Então, o terceiro amigo mostrou-lhes a fotografia:
Num bar, três amigos comentavam as últimas prendas que tinham oferecido às respectivas mulheres …
O primeiro disse:
- Ofereci à minha mulher uma prenda que vai dos 0 a 100 em menos de 5 segundos...
Como os outros não adivinharam o que era ele mostrou-lhes a fotografia:
O segundo disse:
- Que coicidência! Eu ofereci à minha mulhar uma prenda que vai de 0 a 100 en 4 segundos...
Os outros amigos adivinharam logo, mesmo antes de ver a fotografia:
O terceiro, depois de uns minutos, disse:
- Pois eu ofereci à minha mulher algo que vai dos 0 aos 100 em menos de 2 segundos...
Os outros amigos disseram:
- Isso é impossível, não há nada à venda que possa passar de 0 a 100 em tão pouco tempo...
Então, o terceiro amigo mostrou-lhes a fotografia:
24.1.08
SUGESTÃO TURÍSTICA
CARNAVAL EM VENEZA
"Que c'est triste Venice" cantou Charles Aznavour. Pode ser que seja. Mas não no Carnaval. O Carnaval de Veneza é, depois do do Rio de Janeiro, o mais famoso do Mundo. Localizada no nordeste da Itália, junto ao Mar Adriático, Veneza é um local único, romântico, belo na sua visível decrepitude.
A arquitectura de Veneza é um dos seus maiores atractivos, com o ponto alto no conjunto Praça e catedral de San Marcos com o Palácio dos Doges ao lado.
Imperioso um passeio ao longo dos canais. Para os mais afortunados, em gôndola onde, com um pouco de sorte, o gondoleiro pode cantar-nos "O Sole Mio" com uma voz de fazer inveja ao Pavarotti, se fosse vivo ainda.
Depois, nos três dias de Carnaval, desfrutar o encanto das máscaras de Veneza, de uma variedade, beleza e luxo incomparáveis.
E disfrutar da alegria efémera mas refrescante da estação.
Preço indicativo para três noites em hotel de três estrelas, alojamento e pequeno almoço, com viagem de avião e todas as taxas incluídas: 550,00 euros por pessoa.
(Gentileza de Viagens 747)
"Que c'est triste Venice" cantou Charles Aznavour. Pode ser que seja. Mas não no Carnaval. O Carnaval de Veneza é, depois do do Rio de Janeiro, o mais famoso do Mundo. Localizada no nordeste da Itália, junto ao Mar Adriático, Veneza é um local único, romântico, belo na sua visível decrepitude.
A arquitectura de Veneza é um dos seus maiores atractivos, com o ponto alto no conjunto Praça e catedral de San Marcos com o Palácio dos Doges ao lado.
Imperioso um passeio ao longo dos canais. Para os mais afortunados, em gôndola onde, com um pouco de sorte, o gondoleiro pode cantar-nos "O Sole Mio" com uma voz de fazer inveja ao Pavarotti, se fosse vivo ainda.
Depois, nos três dias de Carnaval, desfrutar o encanto das máscaras de Veneza, de uma variedade, beleza e luxo incomparáveis.
E disfrutar da alegria efémera mas refrescante da estação.
Preço indicativo para três noites em hotel de três estrelas, alojamento e pequeno almoço, com viagem de avião e todas as taxas incluídas: 550,00 euros por pessoa.
(Gentileza de Viagens 747)
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