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27.5.08

CRÓNICA DA SEMANA (II)

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Eu, Português, tenho tanto direito ao petróleo que existe na Venezuela ou nos Emiratos como os cidadãos daqueles países. Todos os bens devem ser equitativamente repartidos entre todos os cidadãos do mundo. Muito mais os naturais do que os produzidos. A condição necessária para tal é que eu, Português, não tenha privilégios relativamente ao venezuelano ou islamita que não resultem do meu próprio trabalho. Ora, basta ver que se passa nos países produtores de petróleo natural para ver que, ALÉM de eles gozarem de um privilégio inadmissível que eu não tenho – a disponibilidade do petróleo – ainda gozam hoje de outros privilégios tamanhos, derivados do preço a que me têm vendido algo a que eu também tenho direito.

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No meio disto tudo, registe-se a atitude inteligente, honesta e corajosa do Presidente da França, a provocar, pelo menos e no seio da parceria europeia, a discussão dos efeitos fiscais num mercado que se distorce diariamente ainda mais. Enquanto o nosso quase envelhecido Primeiro-Ministro, José Sócrates, assumia um ar compungido para nos dizer “Eu fiz tudo o que pude!”, Nicolas Sarkozy recusava que o seu povo continuasse a ser esmagado pela especulação mundial e ia à luta. É assim. Quem os quer bons, arranja-os. Nós, por cá, começamos a ser todos do tempo do arroz de quinze.

Excertos da crónica ARROZ DE QUINZE - Magalhães Pinto - VIDA ECONÓMICA - 28/5/2008

1 comentário:

Anónimo disse...

If im in the situation of the owner of this blog. I dont know how to post this kind of topic. he has a nice idea.