. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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9.9.09
POEMA DO MÊS
GOSTO!
Tudo o que faço,
faço-o com gosto!
As uvas... o vinho... o mosto...
Esta mistura
que me leva à loucura
de te Amar!...
Que me leva a mergulhar em ti
como se fosses o mar!
...Aquele mar que nunca vi!
Tudo o que vejo
vejo-o com gosto...
A madrugada... o dia... o sol posto...
Esta candeia
que me incendeia!...
O meu braseiro!...
Que faz arder o meu lenho
como se fosse um luzeiro!...
... O luzeiro que em ti tenho!
Tudo o que sinto,
sinto-o com gosto!
As mãos... o ventre... o rosto...
Dum corpo lindo
que se me dá, sorrindo!...
Minha floresta,
na qual encontro segredos
embrulhados no que resta
dos meus sonhos... dos meus medos!...
Tudo o que prendo,
prendo-o com gosto!
O sol de junho... um sol de agosto...
Este calor
repleto de tanto Amor!...
O meu vulcão,
a escorrer lava ardente,
onde deixo a minha mão
passear-se, ternamente!...
Tudo o que guardo,
guardo-o com gosto!
a alegria... a dor... o desgosto...
Este destino
que faz de mim um menino!
Uma ansiedade
feita de gritos e mimos!
Feita da felicidade
do momento em que nos vimos!...
Tudo o que faço
(se te abraço),
e que vejo
(se te desejo),
e que sinto
(se te pinto),
e que prendo
(se me rendo),
e que guardo
(sem ser fardo)
é meu!... Com gosto!
Sem que nada me seja imposto!...
E até este meu hino,
construído, no desatino
duma alma enamorada,
é meu!... É da ternura que tenho!
Feito para ti, minha Amada,
no momento em que, desenho
uma rosa no teu peito,
linda, em sua singeleza!...
...Pobre pintor, tão sem jeito
para ornar tanta beleza!...
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