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20.12.07

OS HERÓIS E O MEDO - 121º. fascículo

(continuação)

XVI

António Soveral regressou do Quartel-General com o semblante preocupado. Recebera as primeiras instruções. O seu Batalhão iria ficar em Bissau o tempo necessário para a adaptação ao ambiente de guerra, mas iria ser colocado, logo fosse julgado oportuno, na quadrícula do Oio, correntemente uma das de maior actividade guerrilheira. Com uma Companhia em cada uma das povoações que limitavam o mato espesso, tropical, com aquele nome. Uma iria ocupar Mansabá, outra Bissorã e outra o Olossato. O comando e os serviços ficariam em Mansoa. Sabia-se ter a guerrilha escondido, algures lá na mata, uma espécie de comando chefe das forças em operação no norte da província. Razão suficiente para a estrénua defesa face a qualquer tentativa de penetração, na área, das forças regulares portuguesas. Pior do que o Oio só Guilege e Gadamael, lá mais para o Sul, e a ilha do Como, aonde terminara, com a derrota e a debandada dos guerrilheiros, a operação de grande envergadura ali desenrolada durante quase três meses, com recurso a forças dos três ramos, exército, marinha e aviação, contando ainda com o envolvimento de forças especiais como os fuzileiros, os paraquedistas e os comandos.

(continua)
Magalhães Pinto)

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