"No panorama político português do século XIX, a personagem do primeiro Duque de Loulé surge-nos através do imaginário romântico: 'Representava e traduzia fielmente o whig aristocrata inglês que ama a liberdade (poder de fazer bem) e o povo (a grande massa da nação que necessita ser guiada e encaminhada pelos que sabem governar', como disse o Conde de Sabugosa. O facto de ser um dos mais importantes nobres do reino e ao mesmo tempo membro destacado da ala esquerda do liberalismo português (figura de proa dos partidos Progressista e Histórico) produziu uma série de mitos na apreciação da sua vida política. Estes surgiam, por um lado, do desejo de legitimar a causa da oposição radical através do prestígio social que resultava da presença nas suas fileiras de um representante das antigas linhagens aristocráticas e, por outro da identificação com o período trágico da guerra civil (1829/1834) e da emigração."
(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)
Sem comentários:
Enviar um comentário