(continuação)
A peça contabilística que identifica todos os custos explícitos de uma empresa (ela pode também ter custos implícitos, não traduzíveis em moeda, mas isso não nos interessa para o que estamos a cuidar agora) é a Conta de Resultados. Para os não versados em Contabilidade, sempre se dirá que pode ter diversas formas. Mas é sempre redutível a esta (simplificámo-la, para não criar confusão, sem prejuízo para o essencial da análise):
VENDAS
- Matérias Primas e Subsidiáriaas (ou Custo das Vendas)
= MARGEM BRUTA
- Custos com Pessoal
- Serviços e Fornecimentos de Terceiros
- Amortizações
- Custos Financeiros
- Custos Fiscais de Funcionamento
= RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS
- Impostos sobre Lucros
= RESULTADO LÍQUIDO
(os sinais aritméticos significam contas autênticas)
Tenhamos desde já presente que calcular o PCV eé determinar o volume de Vendas que proporciona ter no Resultado antes de Impostos um valor nulo.
Impõe-se uma análise pormenorizada de todos os custos para ver os que variam directamente com o volume de Vendas (ou da produção), não esquecendo que estamos a raciocinar num intervalo em que os custos proporcionais se comportam como fixos. Para efeitos do cálculo do PCV, incluiremos no Custo das Vendas esses custos. A que chamaremos CUSTOS VARIÁVEIS. Em termos práticos, não cometeremos grande erro e calcularemos o PCV com razoável aproximação se admitirmos que o único custo variável é o custo com matérias primas e subsidiárias (no caso de produção industrial) ou no custo das vendas (no caso de empresa comercial ou de serviços). Todos os demais custos serão considerado CUSTOS FIXOS.
Não se esqueça, todavia, que podemos sempre aperfeiçoar com a pormenorização da análise dos custos, de modo a que, no fim, saibamos quantificar qual é a real percentagem das VENDAS que os CUSTOS FIXOS absorvem.
Como nota marginal final, falámos acima da Conta de Resultados. Com ela como instrumento, vamos calcular o PCV. Mas contas de resultados existem nas empresas já a funcionar. Se estamos a tentar definir o PCV para um projecto a existir, usaremos a Conta de Resultados Previsional. Nenhum problema portanto.
(continua)
Magalhães Pinto
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