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10.12.07

CEÓNICA DA SEMANA (I)

Vai por aí uma grande efervescência com a auto-candidatura de Narciso Miranda à Câmara Municipal, quando ainda faltam cerca de dois anos para o evento. Pessoalmente, acho que está tudo a ferver num copo de água. E explico porquê.

Em primeiro lugar, não creio que Narciso Miranda tenha, para já, qualquer intenção de se candidatar como independente. Ele sabe que esse seria o modo mais fácil de ser derrotado. Criando uma divisão nas hostes socialistas, repartindo-se o voto por dois candidatos – o do Partido e ele – não poderiam esperar qualquer maioria. E sendo o candidato natural do Partido, como é de esperar que seja, o actual Presidente da Câmara, Narciso seria sempre o menos votado dos dois. Não apenas porque o actual Presidente está a fazer uma boa obra, mas também porque o tempo de Narciso Miranda já passou. À sua volta não vegetam senão meia dúzia de “compadres”, saudosos de prebendas. Assim, o antigo presidente está apenas a procurar condicionar as escolhas do seu Partido, ao modo de quem diz: “ou me escolhem a mim ou vão perder a autarquia, porque eu vou lá buscar metade dos votos”.

***

Por tudo isto, não fervam. Para já, a candidatura de Narciso Miranda, por mais que ele a anuncie, não passa de um cenário de ficção.

Excertos da crónica CENÁRIOS - Magalhães Pinto - 10/12/2007 - "MATOSINHOS HOJE"

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