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28.11.07

BREAK EVEN (V)

(continuação)

CUSTO PROPORCIONAIS

Ocupemo-nos primeiramente da análise dos CUSTO PROPORCIONAIS. Temos que remover a dificuldade que resulta de um problema que este tipo de custos levanta relativamente ao cálculo do PCV. Com efeito, e se assumirmos um grau de abstracção suficientemente distanciado, havemos de concluir que, para um intervalo de produção entre zero e o infinito, todos os custos variam. Em termos razoavelmente práticos, não há custos fixos para todo o intervalo concebível de produção. Pensemos na “nossa” fábrica de sapatos. E pensemos num factor de produção relativamente imutável para um volume de produção finito: o edifício da fábrica. Daí resulta um custo. Não o que ele custou ao ser feito ou comprado. Isso foi INVESTIMENTO e não foi um custo da produção, uma vez que o INVESTIMENTO feito vai ser suficiente para que vários ciclos de produção e vendas se realizem sem necessidade de fazer nova despesa e, portanto, incorrer em novo custo. Mas há dois factos em que atentar. O primeiro é que, com o tempo – e portanto com o decorrer dos ciclos de produção e vendas – o edifício vai envelhecer, vai perder valor. Um tanto em cada ciclo. Esse valor perdido em cada ciclo pelo INVESTIMENTO inicialmente feito, esse sim, é um custo do ciclo. Um custo que não varia de ciclo para ciclo e é, como bem se vê, independente de se produzir um só par de sapatos ou, hipoteticamente, 100.000 pares de sapatos nesse ciclo (os mais entendidos saberão que um custo assim é contabilizado como tal sob o título de amortizações ou reintegrações). Por isso, tal é um CUSTO FIXO. Mas, se a produção e as vendas crescerem muito, por hipótese, o edifício inicialmente adquirido já não chegará. E será preciso construir ou adquirir outro. Isto é, a partir da capacidade liimite do primeiro edifício, o custo com edifícios VARIA.

(continua)
Magalhães Pinto

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