O episódio dos avisos enviados pela Direcção Geral de Contribuições e Impostos para centenas de milhar de Contribuintes é bem elucidativo daquilo com que os Portugueses têm hoje que lidar, quando está o Estado do outro lado. Massificação, confusão, algo aparentado com o desnorte. Recordemos que o aviso começava por recordar a cada um que estava em dívida perante o Fisco. Situação eventualmente já regularizada. Mas, no caso de dúvida, o melhor seria contactar a respectiva Repartição de Finanças e desfazer as dúvidas. Aproveitando, no caso de se confirmarem os piores vaticínios, o perdão fiscal de juros em vigor até ao fim do ano, sob pena de lhe cairem em cima raios e coriscos de desfazer um morto.
Em primeiro lugar, temos a obrigação de compreender o estado a que o Estado chegou em matéria de impostos. Um sistema desarticulado, prolixo, no qual nem os Contribuintes chegam a saber o que pagam de Impostos, nem o Estado chega bem a saber quem é que tem que lhe pagar impostos ou, o que é bem pior, mesmo quando sabe, não chega a saber se já lhos pagaram ou não.
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Excerto da crónica UM CONTRATO - Magalhães Pinto - "VIDA ECONÓMICA" - 15/12/2002
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