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19.11.07

OS HERÓIS E O MEDO - 90º. fascículo

(continuação)

Só uma vez, pela voz de um alferes de Lisboa, a Guiné tinha sido apontada como destino provável. Ninguém tinha dado grande importância à notícia, apesar de quem a espalhara sempre juntar o comentário de que o dito alferes tinha um tio amigo de peito de um coronel no Estado-Maior e por aí o soubera. Quase ninguém sabia nada da Guiné. Algumas notícias recentes davam subrepticiamente conta de sublevações na Guiné. Mas, talvez devido à censura, nunca tinham tido grande relevo. Assim, quando António Soveral reunira os homens novamente em parada e, numa breve alocução, os tinha informado de ser a Guiné o seu destino, ficaram-se a olhar uns para os outros. O tio do alferes ganhava contornos de realidade. E o amigo dele do Estado Maior também. Partiriam daí a duas semanas

(continua)
Magalhães Pinto

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