A NUVEM
Passaste por mim
com esse teu ar...
importante...
impante...
brilhante...
de quem, de si,
não duvida um só instante...
Segredei-te um elogio
feito a frio,
atrevido...
sentido...
querido...
de quem deseja
tornar-se no teu marido...
Em vão...
Nem ao de leve
reparaste em quem o disse...
Fiquei a olhar-te...
Pouco a pouco,
acabaste no horizonte...
Não foi nenhuma desgraça!...
Desde então
não és para mim
senão a nuvem que passa...
Magalhães Pinto
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