. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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27.3.11
OS PORTUGUESES - L
"O governo do valido de D. Afonso VI, o terceiro conde de Castelo Melhor, Luís Vasconcelos de Sousa, com apenas 26 anos em 1662, decorreu num contexto de intensa luta entre as facções na corte. Nos seus primórdios e no decurso dos cinco anos que durou, entre 1662 e 1667, ficou assinalado por uma onda de desterros e algumas prisões...
Como no reino de Portugal não havia o ofício de primeiro-ministro, a publicação de um regimento do escrivão de puridade de 1663 foi a modalidade encontrada para se legitimar a posição de facto que o jovem conde de Castelo Melhor tinha alcançado...
Castelo Melhor tratou ainda de gerir a política de mercês, ou seja, as doações do rei. Como se disse contra ele num escrito famoso, 'de nenhuma consulta fazia caso, despachando tudo por cima, sendo ele o datário dos postos, comendas, ofícios e tenças, e sua vontade era toda a razão de dar e tirar despachos que, como cega, ou do ódio ou do amor, nem via serviços nem incapacidades, regulando tudo pelo seu querer'. Acresce que Castelo Melhor procurou lançar novos impostos para custear as despesas militares, entre as quais, uma taxa sobre o rendimento das comendas."
Na sequência das lutas pelo casamento de D. Afonso VI, travadas entre os favoritos de uma aliança com a Inglaterra e os favoritos de uma aliança com a França, o conde de Castelo Melhor houve de afastar-se do seu cargo e da corte, acabando por fugir para Inglaterra.
(Fonte: História de Portugal, coordenada por Rui Ramos)
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