. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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20.3.11
OS PORTUGUESES - XLIII
"A presença do rei (Filipe II de Espanha)na fronteira e a pressão do exército farão precipitar os acontecimentos, passando Santarém a servir de cenário aos mais decisivos. Com efeito, começavam a afluir a esta cidade os procuradores populares para a realização das Cortes, demandando-a também D. António (Prior do Crato) na expectativa do seu apoio e de tirar partido do direito de eleição por eles defendido. É então que se sabe que Filipe II passara revista geral ao seu exército, em Cantillana, e, dias mais tarde, chega a notícia que, a 18 de Junho, a cidade de Elvas o reconhecera por rei, no que foi seguida por Campo Maior, e Olivença. A reacção a esta nova foi explosiva. NO dia 19, os partidários do Prior do Crato, emcabeçados pelo Bispo da Guarda, aclamaram-no como rei de Portugal, no meio de delirante entusiasmo.
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Ao saberem o que se passara em Santarém, os regentes (nomeados pelo Cardeal D. Henrique, entretanto já falecido) optaram pela fuga, embarcando numa caravela que os levou a Ayamonte..."
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A 28 de Junho, as tropas do Duque de Alba atravessaram a fronteira. A 20 de Julho estavam reunidas todas as forças terrestres e navais espanholas. As navais desembarcaram em Cascais a 30 de Julho. Defrontaram-se com a primeira resistência, oferecida pelo valoroso fidalgo português D. Diogo de Meneses, o qual foi vencido e mandado executar pelo Duque de Alba. O exército espanhol avançou sobre Lisboa. Avanço que só foi detido quando se lhe depararam as forças portuguesas, comandadas pelo Prior do Crato, junto à ribeira de Alcântara. A derrota dos portugueses foi o desfecho. A desproporção de forças - 20.000 soldados e 60 navios espanhóis contra 10.000 portugueses - anunciava o desfecho. Portugal seria submetido, durante uma geração, ao domínio espanhol.
(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)
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