O PROCESSO DE DECISÃO
(continuação do publicado em 29/12/2006, 3/1, 5/1, 8/1 e 10/1/2007)
Voltemos então, e duma vez por todas, à nossa propositura inicial. O casamento. Onde aquilo que acabei de referir, o timing da decisão, se mostra também essencial. Diz-se que uma senhora, aos vinte anos, quer um homem jovem, bonito, inteligente, formado, rico. Aos vinte e cinco anos, quer um homem bonito, inteligente, formado, rico. Aos trinta quer um homem inteligente, formado, rico. Aos trinta e cinco quer um homem formado, rico. Aos quarenta quer um homem rico. E aos quarenta e cinco, quer um homem. Vejam como o timing da decisão teve que ver com o grau de exigência da perfeição da decisão. E como, se demorar muito, a decisão não produzirá qualquer efeito, provavelmente.
O casamento é uma decisão difícil. Talvez a mais difícil que temos que tomar na nossa vida. Por isso, provavelmente a razão porque o processo de decisão do casamento é o mais humano de todos quantos enformam as nossas decisões. Definimos o objectivo. Analisamos as alternativas disponíveis. Recolhemos toda a informação possível. Analisamos a informação com inteligência. Definimos mesmo o timing. Procuramos analisar as possíveis reacções doutros decisores que vão intervir na nossa decisão. Escolhemos. Decidimos. E depois de tudo isto feito, tomamos a atitude mais humana que se pode conceber. Mandamos às malvas todo o processo, tudo quanto racionalmente analisamos, e, utilizando a intuição, que é um sentimento, casamos com quem amamos e que julgamos nos ama. E as vezes em que o processo dá errado não chega para destruir o acerto das muitas mais em que dá certo.
Então, minhas senhoras, ponham lá também uma pitada de intuição em todo o processo de decisão.
(continua)
Conferência O PROCESSO DE DECISÃO - Magalhães PInto - Vila Real - Novembro de 1993
Sem comentários:
Enviar um comentário