Nunca foi fácil conduzir os políticos laranja. Basta recordarmos as dificuldades que teve o próprio Francisco Sá Carneiro, o qual teve de abandonar, por duas vezes, o leme do Partido, até poder afirmar-se como seu líder incontestável e incontestado. Depois dele, Francisco Pinto Balsemão, Durão Barroso e Santana Lopes, para só falar nos mais conhecidos, também não tiveram vida fácil. O Partido Social-Democrata é rebelde por natureza e esse facto, sendo uma dificuldade para quem lidera, é talvez a maior riqueza dos “laranjas”. O inconformismo e a rebeldia são, porventura, um dos melhores trunfos para quem pretende fazer política a sério. E, no estado em que Portugal se encontra, são não apenas um trunfo mas também, e seguramente, o factor mais necessário para nos arrancarmos, a nós próprios, do buraco onde caímos.
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São, assim, grandes os riscos que impendem sobre o PSD. Mas também são grandes as oportunidades. Tenho dito recentemente que o povo só espera o aparecimento de uma tábua de salvação, para se agarrar a ela e abandonar o barco socialista. Para já, o PSD saiu do limbo a que estava remetido, em termos de opinião pública. O resto é para ver já aí adiante.
Excertos da crÓnica VAMOS A VER - Magalhães Pinto - "MATOSINHOS HOJE" - 15/10/2007
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