(continuação)
Tinham chegado à entrada do aquartelamento. Aquilo não era um quartel. Era um exército de quartéis. Uma longa avenida, larguíssima, ladeada pelos típicos edifícios militares mais recentes. Ao fundo, a servir de rolha à avenida, uma capela. Estilo moderno. A presença da Igreja num local onde se ensinava a matar. Onde se ensinava, também, a morrer. Havia que procurar a Unidade de destino. Logo à entrada, ultrapassada que era a Polícia Militar, estava o bairro dos oficiais do quadro permanente a prestar serviço ali. Lindas vivendas, eventualmente pagas com o dinheiro da NATO. Por entre os arbustos, vislumbrava-se uma piscina. Em pouco, a avenida ficou coalhada de soldados. Pássaros desasados à procura de um ninho de ocasião. Deram com ele, quase a meio caminho entre a Polícia Militar da entrada e a capela de saída. Da avenida. Foram recebidos por um primeiro sargento. Este encaminhou-os de imediato para o refeitório. Embora a hora já fosse adiantada para os costumes militares, expedicionário tinha direito a tratamento vipe. Pequeno almoço para todos.
(continua)
Magalhães Pinto
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