Pesquisar neste blogue

16.4.08

CRÓNICA DA SEMANA

...

Durão Barroso, hoje Presidente da Comissão Europeia e antigo Primeiro-Ministro de Portugal. Na campanha que o conduziu ao Poder nacional, Durão afirmou a dado momento: “Comigo, não haverá projectos faraónicos enquanto houver crianças, velhos e doentes sem a adequada protecção”. Uma ilusão, como tantas de que são feitas as campanhas eleitorais. Eleito, logo se esqueceu ou, então, a pressa com que se foi embora não o deixou sequer iniciar tal política. E estamos hoje com a mesma errada escala de prioridades de sempre. É caso para perguntar que podemos fazer para que os governantes não usem o voto que lhes entregamos contra nós. Se calhar, estamos condenados a não poder fazer nada. Mas é muito difícil aceitar estar condenado a algo injusto sem sequer lutar pela absolvição. Talvez pudéssemos encontrar alguma inspiração na luta que os professores do meu país levaram a cabo com tão evidente sucesso. Obrigaram o Governo a recuar. Um bom exemplo, no qual deveríamos reflectir mais. Afinal, em democracia há mais hipóteses de influenciar o modo de governar sem ser o voto. E já que falamos de exemplos vindos da estranja, talvez seja bom recordarmos o exemplo suíço, onde os referendos são frequentes. Por exemplo, não se fizeram auto-estradas na Suíça sem primeiro perguntar aos cidadãos se as queriam ou não.

É imperioso que o recurso ao referendo seja cada vez mais frequente em Portugal. Particularmente, quando está em causa realizar projectos que fazem apelo a grandes recursos financeiros. Os quais, recursos financeiros, são, como se sabe, de todos nós.

Excerto da crónica PRIORIDADES - Magalhães Pinto - "VIDA ECONÓMICA" - 17/4/2008

Sem comentários: