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3.3.11

OS PORTUGUESES - XXVI


"Ao subir ao trono, D. Manuel herda um poder fortalecido pela política de abatimento da grande nobresa levada a cabo por D. João II... D. Manuel veio a beneficiar de uma situação económica que lhe permitiu consolidar o absolutismo régio implementado pelo seu antecessor: as novas fontes de riqueza alcançadas graças ao processo expansionista garantem ao monarca uma independência perante as decisões das Cortes relativamente aos aumentos de impostos e ao mesmo tempo permitem-lhe a criação de tenças com que fixa a nobreza à Corte ou às funções no Império que esta lhe distribui.

Este novo lugar para a nobreza, subordinando-a aos interesses do Estado identificado com a pessoa do Rei, contribui para a consagração da imagem do monarca como pai dos súbditos, tal comoa s Ordenações Manuelinas viriam a consagrar no Prólogo:

"Assim deve fazer o bom príncipe pois que por Deus foi dado principalmente não para si nem seu particular proveito, mas para bem governar seu povo e aproveitar a seus súbditos como a próprios filhos".

(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)

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