. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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1.1.08
POEMA DO MÊS
ÚLTIMA DÁDIVA
Meio dia?... Madrugada? Que me importa,
Se são horas de acabar esta loucura
De andar a cirandar, nesta procura,
Sempre, sempre, a bater à tua porta!...
A cegueira que a minha razão entorta
E me faz mergulhar em noite escura,
Nunca teve a ligeireza da aventura,
Teve o tom duma esperança, agora morta...
E, se um dia recordar o meu desgosto
Na penumbra duma tarde, com sol posto,
Hei-de ter por companheiro um travo azedo,
Segredando-me ao ouvido, tristemente,
“Olha ali... Quem tu amaste está presente...
Aquela alga emurchecida, num penedo...”
Magalhães Pinto
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1 comentário:
Poema novo?! Quem é a desgraçada da alga emurchecida?
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