. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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1.5.07
POEMA DO MES
ALGAS
Algas maduras
descansam na areia...
Ainda beijadas
pelas vagas
que morrem mansinho...
ofegantes...
deitadas....
brilhantes...
molhadas...
estendidas...
à espera duma onda que seja
por demais convencida
da força da vida....
à espera dum beijo
que as faça desejo
dum amor de crianças...
algas maduras
descansam na areia...
São tal e qual
as minhas esperanças....
Algas já secas
descansam na praia...
Corrida que foi
a viagem
à procura dum porto...
...esqualidas...
...fendidas...
...encarquilhadas...
...vencidas...
...velhas....
...à espera duma gota que seja
de água escorrida
da fonte da vida...
...à espera dum mar
que as faça tornar
às suas antigas danças...
...algas já velhas
descansam na praia..
... são tal e qual
as minhas esperanças...
Magalhães Pinto
(foto de ccfotos.taboca.com.br)
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