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14.5.07

CRONICA DA SEMANA (I)



Matosinhos vive horas de euforia. De alegria. De entusiasmo. Vários dos clubes de futebol do município tiveram um ano brilhante e gozam agora o prémio da sua actividade. Bem merecido. Por eles e por este bairrismo, sem peso nem medida, que é parte das nossoas gentes. E como se não bastasse essa alegria enorme pelo Leixões, ainda houve mais três ou quatro freguesias em festa.

Vamos ter muitas oportunidades para agradecer àqueles que nos proporcionaram esta alegria múltipla. Os jogadores já são nossos ídolos. Os treinadores souberam incutir o espírito ganhador que, não só no futebol, todos precisamos. O papel das assistências recorde, que fazem do apoio popular ao Leixões provavelmente o maior a seguir aos três grandes do futebol, também tem a sua quota parte de responsabilidade. Mas eu quero, neste momento em que ainda a festa vai no adro, e no que se refere ao Leixões, que conheço mais de perto, salientar dois factos que me parecem relevantes.

Por um lado, a equipa dirigente. Na qual destaco dois obreiros maiores. Por um lado o Doutor Dias da Fonseca. Repare-se que esta é a segunda vez que faz obra notável. Já assim foi na natação. Pegou numa secção anónima e fez dela uma fábrica de campeões. Agora, no futebol, consegue um feito que já há dezoito anos não saboreávamos. O Leixões vai ombrear com os grandes do futebol. O Estádio do Mar vai ser, novamente, um osso duro de roer para todos os maiores? Já veremos. Para já, a obra fez-se. Por outro lado, o homem das finanças, aquele que conseguiu o prodígio de retirar o Leixões da lista dos caloteiros. Carlos Oliveira é homem de merecido sucesso na sua área profissional. Teve-o agora no desporto e logo no mais difícil de gerir financeiramente. É. Julgo que esse é o segredo. O Leixões foi gerido por dois grandes profissionais.

Há um segundo aspecto que julgo merecer relevo. Pelo contraste que marca com épocas não muito distantes. Matosinhos conhece este grande sucesso desportivo colectivo e não me recordo, apesar de procurar andar sempre atento, de que o poder político tenha montado tal sucesso para ser melhor visto. Parece pouco. Mas não é. Daqui envio o meu reconhecimento aos responsáveis políticos municipais pela gestão digna que estão a emprestar à Câmara. Bem hajam.

Talvez seja este o momento para nós, os restantes Matosinhenses, agradecermos da melhor maneira a todos eles, incluindo os atletas e a equipa técnica. Vamos acabar o Estádio do Mar?

Crónica ALEGRIA MÚLTIPLA - Magalhães Pinto - "Matosinhos Hoje" - 14/5/2007

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