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14.3.11

OS PORTUGUESES - XXXVII


"O manuelino não realiza uma nova síntese, limita-se a, na desconstrução do paradigma anterior (o gótico, em falência porque desadaptado face às mudanças sociais entretanto ocorridas), jogar livremente com os seus elementos estruturais e decorativos, inovando nessa composição e introduzindo outros elementos, entretanto disponibilizados pelos contactos internacionais estabelecidos na época (plateresco, renascimento, mujaderismo).

Quan o cimento dessa síncrese, ou melhor, o que conferirá à arte manuelina um 'ar de família', reconhecido por todos os historiadores? Naturalmente, será a ideologia profunda que a enforma que lhe conferiu uma dimensão nacional: a simbólica régia, que comandou não apenas os grandes programas icnográficos que espelhavam, nos principais monumentos religiosos (Tomar, Belém, Batalha), a utopia imperial do Portugal teóforo da era manuelina, como também a expressão sintética e reduzida do poder reformador de D. Manuel à escala da pequena paróquia (portais, cruzeiros) ou do poder concelhio (pelourinhos)."

(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)

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